domingo, 29 de julho de 2007

...mas pode me chamar de Euclides

Quando um amigo diz que você tem "voz de Maria Zilda", algumas coisas merecem ser repensadas, certo? Façamos isso, então:
1. Pare de fumar fumando, pare de fumar dormindo, pare de fumar da maneira que bem entender. Mas pare.
2. Assuma-se. Diga que você mudou de sexo há pouco tempo e que, embora os seios pareçam naturais e a altura ajude, sua fonoaudióloga, que é malcomida, baranga e infeliz, se recusa a passar exercícios vocais que afinem a voz por meio de falsetes (aquela vaca invejosa diz que não é saudável).
3. Explique que quando a Zildinha passou por alguns problemas, tiveram de encontrar uma dublê de voz, e que, com isso, você ganhou rios e rios de dinheiro. Diga que, além dela, você também imita o Belchior, o Pereio, o Walmor Chagas, o Vereza e o Rubens de Falco.
4. Dê-lhe um murro bem dado.
5. Aceite e siga. Afinal, mais vale uma Zildinha na voz do que dez mil taquaras. Ou não?

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Análise sensatinha

“Às vezes, me sinto como se estivéssemos todos presos num filme. Sabemos nossas falas, onde caminhar, como atuar, só que não há um câmera. No entanto, não conseguimos sair do filme. E é um filme ruim." (Charles Bukowski)

Sim, o filme é ruim. A personagem principal beira o ridículo, e às vezes parece pateticamente caricata. O cenário também não ajuda. E a verba... ah, a verba...
Mas o que realmente importa é que filmes ruins costumam ter finais felizes. E a gente paga pra ver.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Full hand, só que de merda

Pois é, meus amiguinhos. Descobri que meu talento para a jogatina fugiu de mãos dadas com a dignidade. E eu, que não jogava pôquer há pelo menos uns cinco anos, não me lembrava dessa minha "inaptidão". A grande cagada é que encabeço, com orgulho, o clã dos pertencentes ao signo* menos desenvolvido do zodíaco e, por conta disso, amo uma competiçãozinha. Vamos ver quem berra mais alto? Opa! E lá está a Juliana soltando o gogó. Sempre foi assim. Mas ontem fui capaz de sacar o porquê dessa minha falta de tino. Simples: faltou Capitu e sobrou Cabiria. Não, meus amores, eu não sei dissimular. Eu sou a débil mental que recebe cartas ruins e faz cara de bunda. Na mesmíssima hora! E, se as coitadas vêm bonitas e certinhas, bato palmas, sorrio, dou cambalhotas. Praticamente uma foca. Negação, seu nome é Juliana.
Depois de ter perdido três cacifes em tempo recorde - e de perceber que as pessoas já começavam a demonstrar uma espécie de compaixão doentia pela minha pessoa -, resolvi beber cachaça. Afinal, as imagens de bêbado e perdedor sempre casaram muito bem. Só que, lá pela terceira dose, as coisas começaram a melhorar. Passei a falar mole, a piscar devagar, a manter aquela não-velocidade necessária para que eu deixasse de ser a pessoa mais transparente e crédula do mundo. Ou seja, consegui reaver dois cacifes, banquei a Capitu bebum, e ainda garanti o futuro da minha cirrose. Or-gu-lho.
A única decepção ocorreu hoje, já que acordei tão Cabiria quanto antes e com uma baita de uma azia.


*Pai do céu! Está comprovada a minha capacidade de enfiar o signo em todos os assuntos. "Eu só bebo assim porque sou ariana, e todo ariano é impulsivo";"Te chutei? Desculpa, é que eu sou ariana".

Amor-próprio?


Dominguinhos
Originally uploaded by coração circense

Essa, sim, é a cara de quem sabe o que está fazendo!


Uma iniciativa da Campanha Óculos, nem Pensar em homenagem a todas as mulheres que, mesmo beirando os 30, ainda não acreditam nos benefícios que armações e lentes podem trazer.