quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Dia de circo

Hoje tem palhaçada? Tem, sim, senhor. Hoje tem marmelada? Tem, sim, senhor. E o palhaço, o que é? É ladrão de mulher! E foi assim que passei minha quarta-feira. Porque descobri que a pior espécie de ser humano não está nos semáforos expondo crianças recém-nascidas ao sol enquanto pede dinheiro, tampouco se encontra nas cidades do interior do interior do interior beijando criancinhas e comendo buchadas a fim de receber um par de votos. Não. O pior da humanidade está no pronto-socorro mais próximo de você, meu irmão. E foi lá no Santa Catarina que cheguei a esta brilhante conclusão. Quem não chora, não mama, e todos lá pareciam levar tal ditado ao pé da letra. Funcionava assim: chorou, berrou, simulou desmaio? Avance duas casas (ou melhor: fure a file e deixe dois idiotas para trás). Para ser sincera, eu adorei - sem ironias - assistir àquele festival de carões, cabeleiras ao ar, dignidades no ralo. Parecia meio de novela mexicana, quando os mocinhos só se fodem e são fodidos. Eu gargalhava, minha mãe me cutucava, e pessoas que chegavam mancando e chorando iam embora n-o-r-m-a-i-s, como se nada tivesse acontecido. Eu, mancando? Imagiiiiiiiiiiiina!
Enquanto isso, no Reino das Pessoas com Noção, mantive a pose, vomitei no banheirinho - sem alardear -, e ainda consegui um rotavírus para chamar de meu.